sexta-feira, 2 de agosto de 2019

MÁRIO CENTENO PARA O FMI

Todos apoiamos a sua nomeação quer pela comprovada competência quer pelo prestigio resultante para Portugal.


A confirmar-se será Chefe de Victor Gaspar, o tal que aplicou o «aumento brutal dos impostos» e que lhe valeu toda a série de insultos. Sucedeu-lhe no cargo Centeno a quem o «aumento brutal» muito o ajudou no fogacho das «contas certas».

É bom não esquecer que a incapacidade do Governo de José Sócrates de travar o défice das contas públicas obrigaram a pedir Ajuda Financeira Externa o que motivou o referido «aumento brutal de impostos».

A situação humilhante, de reconhecida emergência Nacional, deixada pelo governo do partido socialista, colocou o país na dependência de decisões externas de grande contenção de despesas, impopulares, impostas pela Troika.

Haverá quem diga serem «águas passadas». É certo, a verdade é que os atuais governantes fingem nunca ter existido um governo socialista que esbanjou recursos no favorecimento de grupos económicos ruinosos; aumentou vencimentos para ganhar eleições, tomou decisões despesistas irresponsáveis, como fabrico de milhares de computadores «Magalhães» que acabaram no lixo sem qualquer utilidade para os alunos.
Ao pegar numa mochila que uma neta (14 anos) carregava as costas disse-lhe: - Estão a fazer de ti uma burra de carga e a aleijar-te para o resto da vida.

Respondeu-me: - Pois é…. os professores deviam usar «tablets».

O que pensão os sábios do ensino?

Estão prisioneiros das editoras e dos manuais?

Não deveria tudo começar pela formação tecnológica dos professores? Ou vão ser os alunos a ensinar os professores!?

Onde vai parar o centro de decisão de ensino que deveria centrar-se no aluno?!
Vencidas as exigências fundamentais do Pedido de Assistência Financeira, o Pais recuperou credibilidade, os juros baixaram, o governo terminou o seu mandato, libertou-se da troika e ganhou as eleições que se seguiram.

O PS naufragou nas mesmas. Perdeu no campo mas ganhou na secretaria, onde se fazem todos os arranjos.

São factos!

Primeiras medidas: Aumentar impostos dos combustíveis, baixar IVA aos restaurantes.

A primeira, contra tudo o que seria de esperar, não registou as reações insultuosas que varreram o anterior governo.  
A segunda, puramente eleitoralista, só favoreceu os proprietários - não refletiram a baixa nos preços dos serviços - e resultou em prejuízos para as receitas do fisco.
 O IVA de 23% mantem-se, mesmo para os que sobrevivem com reformas e ordenados de miséria.  

Resumindo: A vitoriosa geringonça começou por beneficiar do contributo deixado pelo governo anterior – é o próprio Presidente da Republica a referi-lo por diversas vezes - seguindo-se uma explosão de turismo e a correspondente entrada de divisas; a evolução favorável da economia europeia, o crescimento económico e, principalmente a maior carga fiscal da história do Pais.

Não é assim honesto diabolizar o governo anterior pelas medidas que foi obrigado a tomar e, ao mesmo tempo, embandeirar em arco o «ESTADO VITORIOSO DA NAÇÃO».

É tema que fica para a próxima.

Para já, os votos de ver um nosso conterrâneo no palco do FMI.
Se assim for, não lhe ficaria mal agradecer ao seu futuro colaborador, Victor Gaspar, a ajudinha do «aumento brutal de impostos» para as «contas certas».