A confirmar-se será Chefe de Victor Gaspar, o tal
que aplicou o «aumento brutal dos impostos» e que lhe valeu toda a série de
insultos. Sucedeu-lhe no cargo Centeno a quem o «aumento brutal» muito o ajudou
no fogacho das «contas certas».
É bom não esquecer que a incapacidade do Governo de
José Sócrates de travar o défice das contas públicas obrigaram a pedir Ajuda Financeira
Externa o que motivou o referido «aumento brutal de impostos».
A situação humilhante, de reconhecida emergência
Nacional, deixada pelo governo do partido socialista, colocou o país na
dependência de decisões externas de grande contenção de despesas, impopulares,
impostas pela Troika.
Haverá quem diga serem «águas passadas». É certo, a
verdade é que os atuais governantes fingem nunca ter existido um governo
socialista que esbanjou recursos no favorecimento de grupos económicos
ruinosos; aumentou vencimentos para ganhar eleições, tomou decisões despesistas
irresponsáveis, como fabrico de milhares de computadores «Magalhães» que
acabaram no lixo sem qualquer utilidade para os alunos.
Ao pegar numa mochila que uma neta (14 anos) carregava
as costas disse-lhe: - Estão a fazer de ti uma burra de carga e a aleijar-te para
o resto da vida.
Respondeu-me: - Pois é…. os professores deviam usar «tablets».
O que pensão os sábios do ensino?
Estão prisioneiros das editoras e dos manuais?
Não deveria tudo começar pela formação tecnológica
dos professores? Ou vão ser os alunos a ensinar os professores!?
Onde vai parar o centro de decisão de ensino que
deveria centrar-se no aluno?!
Vencidas as exigências fundamentais do Pedido de
Assistência Financeira, o Pais recuperou credibilidade, os juros baixaram, o
governo terminou o seu mandato, libertou-se da troika e ganhou as eleições que
se seguiram.
O PS naufragou nas mesmas. Perdeu no campo mas
ganhou na secretaria, onde se fazem todos os arranjos.
São factos!
Primeiras medidas: Aumentar impostos dos combustíveis,
baixar IVA aos restaurantes.
A primeira, contra tudo o que seria de esperar, não
registou as reações insultuosas que varreram o anterior governo.
A segunda, puramente eleitoralista, só favoreceu os
proprietários - não refletiram a baixa nos preços dos serviços - e resultou em prejuízos
para as receitas do fisco.
O IVA de 23%
mantem-se, mesmo para os que sobrevivem com reformas e ordenados de miséria.
Resumindo: A vitoriosa geringonça começou por beneficiar
do contributo deixado pelo governo anterior – é o próprio Presidente da Republica
a referi-lo por diversas vezes - seguindo-se uma explosão de turismo e a
correspondente entrada de divisas; a evolução favorável da economia europeia, o
crescimento económico e, principalmente a maior carga fiscal da história do
Pais.
Não é assim honesto diabolizar o governo anterior
pelas medidas que foi obrigado a tomar e, ao mesmo tempo, embandeirar em arco o
«ESTADO VITORIOSO DA NAÇÃO».
É tema que fica para a próxima.
Para já, os votos de ver um nosso conterrâneo no
palco do FMI.
Se assim for, não lhe ficaria mal agradecer ao seu
futuro colaborador, Victor Gaspar, a ajudinha do «aumento brutal de impostos» para
as «contas certas».
Sem comentários:
Enviar um comentário