«É difícil percorrer o fio de uma navalha, tão penoso, dizem
os sábios, como o caminho da Salvação» KATA UPANISHAD
Este pensamento inspirou Semerset Maugham para o titulo do
seu livro «O fio da Navalha», obra também inspiradora.
As personagens principais são norte-americanas, famílias
abastadas, com elevados níveis de vida, dedicam-se a multiplicar a riqueza com
ostentação, cultivando o TER.
Ao contrário, o protagonista desvaloriza a riqueza, procura
o conhecimento e privilegia o SER.
Com parcos recursos dispôs-se a vadiar. Deixa para trás os amigos ricos, a namorada e parte para Paris, Grécia e finalmente para a India em busca da contemplação, da experiência mística da verdade espiritual ao encontro de Deus.
Com parcos recursos dispôs-se a vadiar. Deixa para trás os amigos ricos, a namorada e parte para Paris, Grécia e finalmente para a India em busca da contemplação, da experiência mística da verdade espiritual ao encontro de Deus.
Um ser humano autêntico empenhado em dar um significado á
sua vida e na construção do seu destino.
Mesmo nos casos em que o autor conviveu com os seus
personagens não fugimos á tentação de saltar dos livros para a vida real.
Tive o privilégio de conviver de perto com um homem do
campo, agricultor, que mal sabia ler e escrever. Cresceu com a própria natureza
e assim ajudou a crescer um manancial de filhos.
Encontrava-o, por vezes, com uma navalha aberta no bolso de
cima do casaco ou da camisa. Causava-me impressão a proximidade da ponta da
navalha com o pescoço, mesmo na direção da carótida e manifestava-lhe toda a
minha apreensão em face de uma queda…
O risco que corria não o perturbava, não lhe roubava a serenidade nem a boa disposição.
O risco que corria não o perturbava, não lhe roubava a serenidade nem a boa disposição.
Foi na terra onde nasceu e morreu que cultivou o SER.
Não precisou de graus académicos para transmitir a riqueza da sua autenticidade, da sua sinceridade e da sua verdade. Encheu o seu lar com o seu coração, com amor. Numa dimensão divina, converteu a sua casa num templo.
Aprendi com ele o que mais agrada a Deus.
Não precisou de graus académicos para transmitir a riqueza da sua autenticidade, da sua sinceridade e da sua verdade. Encheu o seu lar com o seu coração, com amor. Numa dimensão divina, converteu a sua casa num templo.
Aprendi com ele o que mais agrada a Deus.
E também a lançar um foguete
numa das Festa da aldeia, coisa que nunca nos dias da minha vida julguei
possível, quer pelos perigos que sempre me incutiram, quer pelo terror do mesmo
me poder explodir nas mãos.
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