quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PRAGA I - Berço da cultura Checa

Visitar Praga era um desejo que levou muitos anos a cumprir.


Acontecimentos como a Primavera de Praga e a forma como este movimento foi esmagado pelos tanques soviéticos marcaram a minha juventude e despertaram o desejo de visitar a cidade.
Sempre pensei que a ideologia comunista gerou uma outra de sentido contrário, o fascismo, igualmente nefasta e desumana, ambas responsáveis por verdadeiros crimes contra a humanidade.
Felizmente a queda do Muro de Berlim arrastou a queda do comunismo e permitiu que os povos vizinhos dos Soviéticos pudessem respirar livremente e seguir os seus destinos.
Este o imaginário que me acompanhou nas visitas a Praga, Bratislava e também a Budapeste. Viena foi um caso á parte.
Curiosamente a visão da guia que nos  acompanhou  foi  ainda mais negativa quanto á ocupação dos soviéticos.  Quando lhe manifestei que a “leitura” que ela fazia coincidia com a minha, olhou-me de modo inquisitorial e exclamou: LEITURA ?!!! eu nâo li, nasci aqui, vivi aqui!!!
Tive de lhe explicar que o português não e fácil e que para nós leitura é o mesmo que análise.
Mas era suposto escrever sobre a cidade e não sobre politica.
Acontece que Praga excedeu as minhas expectativas e não tenho palavras para a descrever.
É uma cidade para percorrer, ver, sentir, saborear e sonhar.
PERCORRER  as suas ruas medievais no maior e melhor conservado bairro histórico da Europa.
OBSERVAR  todo e esplendor das suas construções, desde a Catedral de S. Vito á Universidade Carlos passando por centenas de construções de rara beleza, fruto do trabalho de grandes mestres da arquitectura.  Também não escapa ao observador a simplicidade e a formosura das checas, elegantes, bem constituídas, bem proporcionadas e muito bem dotadas.
SENTIR o feitiço de processos construtivos  tão antigos, tão ricos e tão variados. São mais de mil anos de arquitectura europeia, desde o séc. X - Castelo de Praga - ao final do século XX - Edifício Dançante , de Frank Gehry-. 

Um manjar para o olhar e para os sentidos.
SABOREAR  uma das melhores cervejas do mundo e a brisa fresca do Moldava, numa esplanada instalada em pleno rio, mesmo ao lado da Ponte Carlos IV, obra de arte embelezada com trinta estátuas de grande significado, ou mesmo sentado no pedestal de uma estátua. Aqui, o custo da lata com 0,5 l. comprada no mini da esquina não chega a 1 €.
Também há lugar para o sonho, não têm conta as lojas com porcelanas e cristais da Boémia.
Fascinam-me particularmente os cristais, a intensidade das cores, a arte dos lapidadores, a magia das formas e dos desenhos.
A leitura dos preços provoca um certo arrefecimento…..

É que, segundo dizem,  os preços já não são o que eram!



CAMARA MUNICIPAL


IGREJA DE S. NICULAU

RUDOLFINUM
Sede da Orquestra Filarmónica Checa


Praça Jan Palach


Estátua Ponte Carlos IV
CATEDRAL S. VITO

Edificio Dançante
de Frank Gehry



CATEDRAL S. VITO































Cemitério Judeu

Cristais lapidados da Boémia

segunda-feira, 27 de junho de 2011

LISBOA-Graffiti+Festa

LISBOA, a Noite, os Graffiti e a Politica
Começando pelos graffiti em que a par de actos de puro vandalismo de âmbito criminal - de que não me vou ocupar – nos deparamos com formas de arte que, nuns casos, constituem  transgressão a restrições à liberdade individual e noutros casos correspondem a sinais de vida e de alegria em espaços condenados à morte por aqueles que detêm o poder:
É o caso do Parque Mayer.
Lisboa precisa do folclore dos graffiti como forma de esconder a inacção e uma vida insípida, resultado de uma política de concessões em que a cidadania é concedida ao automóvel. Cedências a entidades como o ACP transformam Lisboa numa imensa garagem, irrespirável e imprópria para pessoas.
O automóvel invade mesmo espectáculos de musica clássica da maior qualidade, como foi o caso do
em que toda a espécie de veículos circulavam pelas ruas que balizam o Largo do Teatro S. Carlos, onde decorriam os espectáculos.

domingo, 22 de maio de 2011

A PROCURA DA VERDADE



Decorrido perto de meio século este pequeno texto continua pleno de actualidade.

É tempo de mudança. Não podemos continuar a deixar-nos dirigir por fazedores de opinião, por vendilhões de sonhos, por patriotas que não passam de coveiros!!!