Acontecimentos como a Primavera de Praga e a forma como este movimento foi esmagado pelos tanques soviéticos marcaram a minha juventude e despertaram o desejo de visitar a cidade.
Sempre pensei que a ideologia comunista gerou uma outra de sentido contrário, o fascismo, igualmente nefasta e desumana, ambas responsáveis por verdadeiros crimes contra a humanidade.
Felizmente a queda do Muro de Berlim arrastou a queda do comunismo e permitiu que os povos vizinhos dos Soviéticos pudessem respirar livremente e seguir os seus destinos.
Este o imaginário que me acompanhou nas visitas a Praga, Bratislava e também a Budapeste. Viena foi um caso á parte.
Curiosamente a visão da guia que nos acompanhou foi ainda mais negativa quanto á ocupação dos soviéticos. Quando lhe manifestei que a “leitura” que ela fazia coincidia com a minha, olhou-me de modo inquisitorial e exclamou: LEITURA ?!!! eu nâo li, nasci aqui, vivi aqui!!!
Tive de lhe explicar que o português não e fácil e que para nós leitura é o mesmo que análise.
Mas era suposto escrever sobre a cidade e não sobre politica.
Acontece que Praga excedeu as minhas expectativas e não tenho palavras para a descrever.
É uma cidade para percorrer, ver, sentir, saborear e sonhar.
PERCORRER as suas ruas medievais no maior e melhor conservado bairro histórico da Europa.
OBSERVAR todo e esplendor das suas construções, desde a Catedral de S. Vito á Universidade Carlos passando por centenas de construções de rara beleza, fruto do trabalho de grandes mestres da arquitectura. Também não escapa ao observador a simplicidade e a formosura das checas, elegantes, bem constituídas, bem proporcionadas e muito bem dotadas.
SENTIR o feitiço de processos construtivos tão antigos, tão ricos e tão variados. São mais de mil anos de arquitectura europeia, desde o séc. X - Castelo de Praga - ao final do século XX - Edifício Dançante , de Frank Gehry-.
Um manjar para o olhar e para os sentidos.
Um manjar para o olhar e para os sentidos.
SABOREAR uma das melhores cervejas do mundo e a brisa fresca do Moldava, numa esplanada instalada em pleno rio, mesmo ao lado da Ponte Carlos IV, obra de arte embelezada com trinta estátuas de grande significado, ou mesmo sentado no pedestal de uma estátua. Aqui, o custo da lata com 0,5 l. comprada no mini da esquina não chega a 1 €.
Também há lugar para o sonho, não têm conta as lojas com porcelanas e cristais da Boémia.
Fascinam-me particularmente os cristais, a intensidade das cores, a arte dos lapidadores, a magia das formas e dos desenhos.
A leitura dos preços provoca um certo arrefecimento…..
É que, segundo dizem, os preços já não são o que eram!
É que, segundo dizem, os preços já não são o que eram!
IGREJA DE S. NICULAU
RUDOLFINUM
Sede da Orquestra Filarmónica Checa
Praça Jan Palach
Estátua Ponte Carlos IV
CATEDRAL S. VITO
Edificio Dançante
de Frank Gehry
Cemitério Judeu
Cristais lapidados da Boémia
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