Devo confessar que não passo de um espectador do teatro eleitoral
que as televisões, jornais e rádios nos oferecem a toda a hora.
Assisti, casualmente, ao debate dos lideres do PS e do PCP.
Não esperava por debate tão anémico.
A firmeza como o primeiro fixou de frente o seu adversário, ao
longo de todo o debate, refletia - a acreditar nas sondagens recentes - uma forte
expectativa numa maioria absoluta.
Já o seu opositor evitou a todo o custo o mesmo olhar. Vergado
com o peso de sondagens desfavoráveis e as incertezas quanto aos resultados eleitorais,
mal disfarçava um ar de vencido em contraste com a campanha vitoriosa do
politico experiente que o enfrentava.
No espirito de ambos, embora não verbalizado, esteve
presente como tudo começou, vai para 4 anos, o que suavizou o debate.
O vencedor antecipado que hoje lança o fogo de artificio foi
o grande derrotado em eleições passadas.
Mão providencial lançou-lhe uma tábua se salvação em forma
de desafio:
- «António Costa só não é 1º. Ministro se não quiser».
Claro que quis, agarrou a oferta com ambas as mãos.
O salvador apanha agora as canas.
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