Prós e
Contras - 09.04.18
Eutanásia -
Chegou a altura da decisão
Cada dia
fico mais perplexo com as leis aprovadas e mesmo com as que preparam para a Assembleia da República.
Com uma
postura "angelical" preparam uma lei que me condenaria à morte caso
estivesse em vigor à data em que um colégio de especialistas concluiu nada
poderem fazer para me salvar.
Uma
tuberculose galopante obrigou-me a internamento no Sanatório Rodrigues Semide no Porto.
Lúcido, senti
a morte apoderar-se de todo o meu ser perdendo gradualmente toda a ação,
entrando em coma.
Sem qualquer
reação aos tratamentos meu pai (médico) e o especialista que me assistia
convocaram um reconhecido tisiologista a fim de analisarem toda a situação.
Concluíram que tudo tinha sido feito e que nada mais havia a fazer para me salvar.
Então, os
especialistas sugeriram ao meu pai que melhor seria levar-me para casa, onde
teria uma morte mais descansada.
Meu pai limitou-se a responder:
- Morte descansada tem ele aqui, se o tiro da cama e o ponho numa maca mato-o.
Meu pai limitou-se a responder:
- Morte descansada tem ele aqui, se o tiro da cama e o ponho numa maca mato-o.
Ali fiquei,
com soro, transfusão de sangue e oxigénio.
Acharam
melhor suspender toda a restante medicação que só me poderia dar sofrimento.
Inexplicavelmente, decorridos
alguns dias, comecei a dar sinais de vida. Um mês depois já andava… mais um ano
para uma vida quase normal.
A partir dai tive seis filhos e dezasseis neto, vou a caminho dos 80, todos de boa saúde.
A partir dai tive seis filhos e dezasseis neto, vou a caminho dos 80, todos de boa saúde.
Os pormenores podem ser lidos em:
https://pugadassis.blogspot.pt/2017/06/memorias-de-um-sobrevivente-casos-da.html
Com outro
acompanhamento, médico e familiar, a lei que a todo custo pretendem ver aprovada tinha-me condenado a uma morte real, impedindo as gerações presentes e futuras de ver a luz do dia.
O facto de nenhum partido político abordar nos seus programas eleitorais este assunto, tão importante e delicado, não dando ao cidadão hipótese de escolha, o descrédito de tantas Leis da Assembleia da República, espelha bem o processo traiçoeiro da iniciativa.
O facto de nenhum partido político abordar nos seus programas eleitorais este assunto, tão importante e delicado, não dando ao cidadão hipótese de escolha, o descrédito de tantas Leis da Assembleia da República, espelha bem o processo traiçoeiro da iniciativa.
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Vem a
propósito uma entrevista ao Semanário Sol, da semana passada, do Dr. João
Queiroz de Melo - Prémio Nacional de Saúde, Cirurgião que chefiou o 1º. transplante
Cardíaco nos nossos Hospitais em que refere:
«…….
houve alguns casos de pessoas com fé que sobreviveram e não consigo perceber
como. Há um caso ……. Inacreditável. Foi uma pessoa que deu provas de fé e que
estava condenada face ao conhecimento médico e hoje está viva.»
Olá Zito, tudo bem? Faz tempo que não nos comunicamos. Pois é, lembro-me bem desse fato. Existem muitas coisas que a medicina é incapaz de entender e explicar. E você, com certeza. é um exemplo. Muito feliz por vê-lo firme, forte e lúcido com os seus 80 anos de idade. Existe um livro do Dr.Memet Oz, cirurgião cardíaco turco que vive nos Estados Unidos que aborda com muita propriedade esse tema. O título do livro é "A CURA QUE VEM DO CORAÇÃO". Grande abraço meu amigo!
ResponderEliminarMeu querido amigo: Pois é…… Tens carradas de razão. Eu sou o 1º. a não encontrar explicação para tão prolongado silêncio e a sentir a culpa. Este mesmo sentimento levou a que estivesses sempre no meu pensamento. O mesmo sucedeu com familiares. Não foi esquecimento, foi egoísmo, foi desleixo, só tenho que te pedir desculpa, não voltará a acontecer.
EliminarJá agora antecipo um grande abraço de Parabéns, abrangendo tua esposa e a Ana Sofia, pelo seu aniversário. Nesta minha terra, com 18 anos atingia a maioridade, desconheço se a lei ai é igual. Do coração desejo muita saúde e as maiores felicidades para a Ana Sofia. O mesmo para ti e tua esposa.
Agradeço o teu comentário e as tuas indicações, sempre muito úteis para mim, por virem de quem sabe. Vou consultar e depois falaremos.
A propósito irei ver se retomo o Skipe que abandonei por completo desde «aqueles tempos!».
Abraço. Luís