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Gorbatchov o estadistas de maior relevo do século passado e da história dos seu país
Quando já não sentia o ânimo necessário para visitar Berlim, inesperadamente, tudo se harmonizou para a tornar possível.
Ir a Berlim é ir ao encontro da
Guerra Fria e de uma Muralha cuja construção apanhou de surpresa todo o mundo
livre.
Serviu unicamente para impedir o
êxodo de milhares de cidadãos para a República Federal Alemã. Deram-lhe o nome
de: «Muralha Antifascista» quando o Muro gerou o pior dos
fascismos.
A mentira destas ideologias está em
todos os seus atos. Intitulou-se “República Democrática” quando, ao
contrário, nada teve de democrática, foi uma ditadura feroz.
Mikhail Gorbachev de visita à
República Democrática Alemã, em 1989, advertiu o mentor do Muro, Honecker, para
a urgência de reformas. Demitiu-o de todas as suas funções poucas semanas depois.
Seguiu-se a queda do Muro, com 155Km e o fim da República Democrática Alemã
para alegria de todos os Berlinenses.
Em 1991, Gorbatchov foi mais longe,
dissolveu a URSS e deu a independência aos 15 estados que libertou da
tutela URSS.
Putin planeou um golpe de estado
para impedir Gorbatchov da dissolução da URSS. O povo apoiou em massa
Gorbatchov e o golpe falhou. Só então Gorbatchov renunciou, declarou o seu
cargo extinto e entregou seus poderes a Ieltsin. A dissolução da URSS
assinala o fim da Guerra Fria.
Enquanto Gorbatchov libertou
muitos milhões de seres humanos privados de liberdade, Putin não perdeu tempo a
destituir Ieltsin. Criou leis para se perpetuar no poder e desenvolveu
estratégias para capturar os povos que haviam sido libertados.
A Ucrânia que não fazia parte dos
países libertados, já era independente, foi o seu alvo mais recente pelo seu
valor estratégico.
Putin é o exemplo vivo do déspota
sanguinário, o retrato de Stalin. Possuído da loucura do supernacionalismo
contra o resto do mundo espalha impunemente o terror pelos vizinhos.
Convém lembrar que em 1968 o seu
antecessor, Brejnev, com a ajuda de cinco países do Pacto de Varsóvia -
Alemanha Oriental, Romênia, Albânia, Hungria, Polônia e Bulgária, ao comando da
URSS, invadiram a Tchecoslováquia, derrubaram Dubcek e esmagaram a “Primavera
de Praga”.
Dubcek e Gorbatchov são os
estadistas de maior relevo do século passado bem como na história dos seus
países, governantes com visão e referências quanto a reformas políticas,
económicas e de relações humanas.
Sou parte de uma geração que viveu
todos estes acontecimentos bem amargos. As gerações que se me seguiram
encontraram um país e uma europa livre de ferozes ditaduras, têm assim
dificuldade em contextualizar a revolta de viver em ditadura.
A guerra Fria abrangeu toda a
segunda metade do século XX, não se registaram grandes combates, mas conflitos
regionais baseados em lutas ideológicas e geopolíticas.
O que assistimos com a invasão da
Ucrânia é a matança do seu povo, destruição do seu património, puro terrorismo
que devia mobilizar as democracias ocidentais a expulsar o invasor, não com
discursos, mas com a expulsão de todo o território Ucraniano, o julgamento do
invasor pelos crimes praticados e o restabelecimento imediato da paz.
Os ditadores vivem da mentira das
ditaduras, do combate contra o mundo real e contra a verdade. Escondem-se no
poder fascinador das abstrações, em que nada comprovam. Condenam todas as
gerações da sua gente, desde que nascem até à morte à prisão, não chegam a conhecer
o que é viver em liberdade.
O resultado da falsidade de uma
retórica de abstrações, no caso do Muro de Berlim foram mortíferas.
Assassinaram muitos dos seus naturais que queriam fugir.
Mais grave é a sedução dos
políticos das democracias ocidentais por esta cultura das abstrações e da
mentira. Basta ver a forma como o primeiro-ministro, acusado de cobardia
política, se refugia no silêncio, grande número dos seus Ministros, a começar
pela Ministra da Presidência, mentem descaradamente a propósito da demissão dos
gestores da TAP. Quando outro ministro do seu governo comprova a mentira a Srª.
ministra nega a mentira dizendo tratar-se de uma questão semântica!
Todo este descaramento passou a
fazer parte do quotidiano da governação, aceite pelo Sr. Presidente da
República, em nome de uma falsa e pantanosa estabilidade política.
Pior ainda, a normalização da
mentira entrou também no quotidiano de gente sem escrúpulos, mina as nossas
vidas e as relações humanas. Contém todos os ingredientes para destruir o caráter
do interlocutor mentindo e sem nada comprovarem, ao estilo dos dirigentes da
"cortina de ferro", de Trump e dos seus apoiantes.
Perdemos a consciência de que a
verdade é Deus e a mentira o caminho para o inferno.
Arthur Schopenhauer (1788/1860),
filosofo alemã, num pequeno livrinho, A ARTE DE VENCER UMA DISCUSSÃO SEM
PRECISAR DE TER RAZÃO, denúncia a vilanagem daqueles que insultam nada tendo de
verdadeiro a alegar contra o outro. Começa por dizer: «…não deveríamos, em
nenhum debate, ter outro objetivo que não a descoberta da verdade».
Desmascara o uso da dialética e a falsidade das abstrações dos que colocam a
verdade objetiva de lado para sobreporem mesquinhos interesses pessoais. É de
leitura fácil.
Noutras suas obras denúncia mesmo
os filósofos que «não querem ser, mas parecer; não buscam a verdade mas o
interesse a vantagem…». Não tem medo das palavras,
classifica Hegel, reputado filosofo germano, de “charlatão
descarado», e justifica: «…pela falsa sabedoria
hegeliana…que embrutece um adolescente e o incapacita de pensar…».
Os socialistas presentes no palco
da política deviam ter vergonha de evocar: “A Ética Republicana
Socialista” … Não leram a ÉTICA de Spinoza que cola a ética à
perfeição, muito acima das leis, em geral permissivas, feitas com “portas” e
“janelas” escancaradas, para que os criminosos que, comprovadamente assaltaram
os cofres do Estado, sejam absolvidos ou condenados repetidamente com penas
suspensas e os ricos nunca venham a ser presos.
Spinoza (1632/1677) é o filosofo que mais se identifica com a metafísica e
o significado moral no mundo e da existência, só superado pelo grande
Aristóteles (1694/1778) que nos diz: «A terra está coberta de pessoas que não merecem que
se lhes fale»
Sabemos que o mundo virtual não
favorece a leitura, a cultura do encontro entre pessoas reais nem o melhor
conhecimento do mundo em que vivemos. Assim, não procuramos a leitura, a melhor
fonte do conhecimento, os humanistas, empenhados numa fraternidade universal,
no caminho da verdade e da perfeição só atingível com a ajuda de
Deus.
Estão ao nosso dispor desde
Séneca (5aC/65dC) «...nunca haverá felicidade para aqueles
que se atormentam com a felicidade alheia». (De Ira III, 30) a
Erasmo de Roterdão (1466/1536), e tantos outros, até ao
Papa Francisco.
L. Cordeiro
Viajar enriquece-nos e é algo que
ninguém nos rouba.
Tinha varrido do meu imaginário visitar Berlim quando um
neto me ofereceu ali uma estadia para 2 pessoas, uma filha viagens a baixo
custo e para vencer a dificuldade da língua (não domino o inglês) uma outra filha
disponibilizou-se para me servir de guia. Vantagem de ter uma família numerosa.
Quando aceitei a oferta Berlim registava temperaturas
negativas o que me impediria de sair do Hotel no caso de se manterem nas datas
da visita. Acabou por ser uma aventura bem sucedida.
Numa Europa dominada por ferozes ditaduras totalitárias durante
o século passado, a construção do Muro de Berlim, em 1961, apanhou de surpresa
todo o mundo livre. Serviu unicamente para consolidar a mentira das ideologias totalitárias
que ainda hoje se mantêm na Rússia, extinta a União Soviética
Com a publicação do vídeo sobre o MURO desenvolverei os
processos humilhantes destes ditadores que persistem em privar da liberdade,
desde o berço até à morte, milhões de seres humanos que nascem e morrem sem respirar
a dignidade de viver em liberdade.
Mas vamos à visita. Tudo ali fica a kms. de distância.
Começamos pela Torre Fernshturm na Avenida Alexanderplatz. Destacamos a
Catedral, os Palácios da praça Gendarmenmarkt e Reichstag e o Portão de Brandemburgo que ficou isolado com a
construção do Muro. Daqui derivamos para as partes do Muro em Potsdamer Platz.
O vídeo publicado dá conta dos trajetos.
Esta oligarquia socialista que nos governa não encontra
respostas para a multiplicação dos casos, alegadamente corruptos, então, inventa
slogans como: «À justiça o que é da justiça, à política o que é da política», o
que não tem sentido algum uma vez que juízes são nomeados pelos políticos.
Recorrem mesmo a slogans estafados, vazios de conteúdo,
como: «Ninguém está acima da Lei».
O 1º. Ministro vai ao ponto de erguer a bandeira da Ética
Republicana para encobrir um governo condenado a cair de podre.
Recordo a declaração do 1º. Ministro socialista António
Guterres quanto apresentou ao Presidente da República o pedido de demissão: «…O
que está em causa é evitar um pântano de natureza política e é o
restabelecimento da relação de confiança entre governantes e governados e isso
exige clareza das posições».
José Sócrates e António Costa, ministros deste governo de
António Guterres, nada aprenderam com o mestre, desprezaram a sua ética e mergulharam
o país num verdadeiro pântano.
Durante anos uma floresta de comentadores, doutorados em
política, conviveu bem com esta “família” socialista que facilitou o assalto
aos cofres do estado. Descobriu há poucos dias que nos enfiou num atoleiro e, finalmente,
tirou o pântano da cartola.
Mais difícil é ainda compreender como é que o Sr. Presidente da
República nada descobriu até hoje.