Ainda em 2023, a Seiva
Trupe estreará dois espetáculos de índole muito diferente: um em comunhão com
as Jornadas Mundiais para a Juventude (que convidaram para tal a própria Seiva
Trupe) e outro, que se constitui também em homenagem a Júlio Cardoso, que é
suportado pela mão e desejo expresso pelo Teatro Nacional de São João. São dois
atestados, de características distintas, que se unem no reconhecimento do
prestígio da Seiva Trupe.
O futuro está no nosso caminho e em breve daremos conta pormenorizada deste presente com “Temos Mãe, Temos Maria” e “O Canto do Cisne”, enquanto 2024 já está na calha das atenções, como se disse, concentradas para 25 e 26 em força.
Depois
de uma Homenagem pública prestada ao nosso saudoso António Reis, em sessão na
Sala Estúdio Perpétuo Socorro no Porto, foi descerrada uma lápide de autoria do
Prof. Armando Alves no Cemitério da Lapa, cuja Confraria se associou à
iniciativa, no passado Sábado 8 de Abril onde o corpo do António Reis se
encontra desde que faleceu (5 de Abril de 2022).
Gorbatchov o estadistas de maior relevo do século
passado e da história dos seu país
Quando já não sentia o ânimo
necessário para visitar Berlim, inesperadamente, tudo se harmonizou para a
tornar possível.
Ir a Berlim é ir ao encontro da
Guerra Fria e de uma Muralha cuja construção apanhou de surpresa todo o mundo
livre.
Serviu unicamente para impedir o
êxodo de milhares de cidadãos para a República Federal Alemã. Deram-lhe o nome
de: «Muralha Antifascista» quando o Muro gerou o pior dos
fascismos.
A mentira destas ideologias está em
todos os seus atos. Intitulou-se “República Democrática” quando, ao
contrário, nada teve de democrática, foi uma ditadura feroz.
Mikhail Gorbachev de visita à
República Democrática Alemã, em 1989, advertiu o mentor do Muro, Honecker, para
a urgência de reformas. Demitiu-o de todas as suas funções poucas semanas depois.
Seguiu-se a queda do Muro, com 155Km e o fim da República Democrática Alemã
para alegria de todos os Berlinenses.
Em 1991, Gorbatchov foi mais longe,
dissolveu a URSS e deu a independência aos 15 estados que libertou da
tutela URSS.
Putin planeou um golpe de estado
para impedir Gorbatchov da dissolução da URSS. O povo apoiou em massa
Gorbatchov e o golpe falhou. Só então Gorbatchov renunciou, declarou o seu
cargo extinto e entregou seus poderes a Ieltsin. A dissolução da URSS
assinala o fim da Guerra Fria.
Enquanto Gorbatchov libertou
muitos milhões de seres humanos privados de liberdade, Putin não perdeu tempo a
destituir Ieltsin. Criou leis para se perpetuar no poder e desenvolveu
estratégias para capturar os povos que haviam sido libertados.
A Ucrânia que não fazia parte dos
países libertados, já era independente, foi o seu alvo mais recente pelo seu
valor estratégico.
Putin é o exemplo vivo do déspota
sanguinário, o retrato de Stalin. Possuído da loucura do supernacionalismo
contra o resto do mundo espalha impunemente o terror pelos vizinhos.
Convém lembrar que em 1968 o seu
antecessor, Brejnev, com a ajuda de cinco países do Pacto de Varsóvia -
Alemanha Oriental, Romênia, Albânia, Hungria, Polônia e Bulgária, ao comando da
URSS, invadiram a Tchecoslováquia, derrubaram Dubcek e esmagaram a “Primavera
de Praga”.
Dubcek e Gorbatchov são os
estadistas de maior relevo do século passado bem como na história dos seus
países, governantes com visão e referências quanto a reformas políticas,
económicas e de relações humanas.
Sou parte de uma geração que viveu
todos estes acontecimentos bem amargos. As gerações que se me seguiram
encontraram um país e uma europa livre de ferozes ditaduras, têm assim
dificuldade em contextualizar a revolta de viver em ditadura.
A guerra Fria abrangeu toda a
segunda metade do século XX, não se registaram grandes combates, mas conflitos
regionais baseados em lutas ideológicas e geopolíticas.
O que assistimos com a invasão da
Ucrânia é a matança do seu povo, destruição do seu património, puro terrorismo
que devia mobilizar as democracias ocidentais a expulsar o invasor, não com
discursos, mas com a expulsão de todo o território Ucraniano, o julgamento do
invasor pelos crimes praticados e o restabelecimento imediato da paz.
Os ditadores vivem da mentira das
ditaduras, do combate contra o mundo real e contra a verdade. Escondem-se no
poder fascinador das abstrações, em que nada comprovam. Condenam todas as
gerações da sua gente, desde que nascem até à morte à prisão, não chegam a conhecer
o que é viver em liberdade.
O resultado da falsidade de uma
retórica de abstrações, no caso do Muro de Berlim foram mortíferas.
Assassinaram muitos dos seus naturais que queriam fugir.
Mais grave é a sedução dos
políticos das democracias ocidentais por esta cultura das abstrações e da
mentira. Basta ver a forma como o primeiro-ministro, acusado de cobardia
política, se refugia no silêncio, grande número dos seus Ministros, a começar
pela Ministra da Presidência, mentem descaradamente a propósito da demissão dos
gestores da TAP. Quando outro ministro do seu governo comprova a mentira a Srª.
ministra nega a mentira dizendo tratar-se de uma questão semântica!
Todo este descaramento passou a
fazer parte do quotidiano da governação, aceite pelo Sr. Presidente da
República, em nome de uma falsa e pantanosa estabilidade política.
Pior ainda, a normalização da
mentira entrou também no quotidiano de gente sem escrúpulos, mina as nossas
vidas e as relações humanas. Contém todos os ingredientes para destruir o caráter
do interlocutor mentindo e sem nada comprovarem, ao estilo dos dirigentes da
"cortina de ferro", de Trump e dos seus apoiantes.
Perdemos a consciência de que a
verdade é Deus e a mentira o caminho para o inferno.
Arthur Schopenhauer (1788/1860),
filosofo alemã, num pequeno livrinho, A ARTE DE VENCER UMA DISCUSSÃO SEM
PRECISAR DE TER RAZÃO, denúncia a vilanagem daqueles que insultam nada tendo de
verdadeiro a alegar contra o outro. Começa por dizer: «…não deveríamos, em
nenhum debate, ter outro objetivo que não a descoberta da verdade».
Desmascara o uso da dialética e a falsidade das abstrações dos que colocam a
verdade objetiva de lado para sobreporem mesquinhos interesses pessoais. É de
leitura fácil.
Noutras suas obras denúncia mesmo
os filósofos que «não querem ser, mas parecer; não buscam a verdade mas o
interesse a vantagem…». Não tem medo das palavras,
classifica Hegel, reputado filosofo germano, de “charlatão
descarado», e justifica: «…pela falsa sabedoria
hegeliana…que embrutece um adolescente e o incapacita de pensar…».
Os socialistas presentes no palco
da política deviam ter vergonha de evocar: “A Ética Republicana
Socialista” … Não leram a ÉTICA de Spinoza que cola a ética à
perfeição, muito acima das leis, em geral permissivas, feitas com “portas” e
“janelas” escancaradas, para que os criminosos que, comprovadamente assaltaram
os cofres do Estado, sejam absolvidos ou condenados repetidamente com penas
suspensas e os ricos nunca venham a ser presos.
Spinoza (1632/1677) é o filosofo que mais se identifica com a metafísica e
o significado moral no mundo e da existência, só superado pelo grande
Aristóteles (1694/1778) que nos diz: «A terra está coberta de pessoas que não merecem que
se lhes fale»
Sabemos que o mundo virtual não
favorece a leitura, a cultura do encontro entre pessoas reais nem o melhor
conhecimento do mundo em que vivemos. Assim, não procuramos a leitura, a melhor
fonte do conhecimento, os humanistas, empenhados numa fraternidade universal,
no caminho da verdade e da perfeição só atingível com a ajuda de
Deus.
Estão ao nosso dispor desde
Séneca (5aC/65dC)«...nunca haverá felicidade para aqueles
que se atormentam com a felicidade alheia». (De Ira III, 30) a
Erasmo de Roterdão (1466/1536), e tantos outros, até ao
Papa Francisco.
Tinha varrido do meu imaginário visitar Berlim quando um
neto me ofereceu ali uma estadia para 2 pessoas, uma filha viagens a baixo
custo e para vencer a dificuldade da língua (não domino o inglês) uma outra filha
disponibilizou-se para me servir de guia. Vantagem de ter uma família numerosa.
Quando aceitei a oferta Berlim registava temperaturas
negativas o que me impediria de sair do Hotel no caso de se manterem nas datas
da visita. Acabou por ser uma aventura bem sucedida.
Numa Europa dominada por ferozes ditaduras totalitárias durante
o século passado, a construção do Muro de Berlim, em 1961, apanhou de surpresa
todo o mundo livre. Serviu unicamente para consolidar a mentira das ideologias totalitárias
que ainda hoje se mantêm na Rússia, extinta a União Soviética
Com a publicação do vídeo sobre o MURO desenvolverei os
processos humilhantes destes ditadores que persistem em privar da liberdade,
desde o berço até à morte, milhões de seres humanos que nascem e morrem sem respirar
a dignidade de viver em liberdade.
Mas vamos à visita. Tudo ali fica a kms. de distância.
Começamos pela Torre Fernshturm na Avenida Alexanderplatz. Destacamos a
Catedral, os Palácios da praça Gendarmenmarkt e Reichstag e o Portão de Brandemburgo que ficou isolado com a
construção do Muro. Daqui derivamos para as partes do Muro em Potsdamer Platz.
O vídeo publicado dá conta dos trajetos.
Berlim é uma
cidade sombria onde não gostaria de viver. Quando viajo o meu foco nunca foi a
gastronomia, no entanto, notei que os restaurantes limitam a oferta a pizas,
hambúrgueres, cachorros ou similares. Em lado algum descobri uma sopa, um
grelhado de peixe ou de carne. Reforcei, assim, a convicção de que dispomos da
culinária mais variada e saudável do mundo por onde viajei. Só a comparo ao
Brasil. Luís Cordeiro
Visitar Praga era um desejo que levou muitos anos a cumprir.
Acontecimentos como a Primavera de Praga e a forma como este movimento foi esmagado pelos tanques soviéticos marcaram a minha juventude e despertaram o desejo de visitar a cidade.
Sempre pensei que a ideologia comunista gerou uma outra de sentido contrário, o fascismo, igualmente nefasta e desumana, ambas responsáveis por verdadeiros crimes contra a humanidade.
Felizmente a queda do Muro de Berlim arrastou a queda do comunismo e permitiu que os povos vizinhos dos Soviéticos pudessem respirar livremente e seguir os seus destinos.
Este o imaginário que me acompanhou nas visitas a Praga, Bratislava e também a Budapeste. Viena foi um caso á parte.
Curiosamente a visão da guia que nos acompanhou foi ainda mais negativa quanto á ocupação dos soviéticos. Quando lhe manifestei que a "leitura" que ela fazia coincidia com a minha, olhou-me de modo inquisitorial e exclamou: LEITURA ?!!! eu nasci aqui e vivi aqui!
Tive de lhe explicar que o português não e fácil e que para nós leitura é o mesmo que análise.
Mas era suposto escrever sobre a cidade.
Acontece que Praga excedeu as minhas expectativas e não tenho palavras para a descrever.
É uma cidade para percorrer, ver, sentir, saborear e sonhar.
PERCORRER as suas ruas medievais no maior e melhor conservado bairro histórico da Europa.
OBSERVAR todo e esplendor das suas construções, desde a Catedral de S. Vito á Universidade Carlos passando por centenas de construções de rara beleza, fruto do trabalho de grandes mestres da arquitectura. Também não escapa ao observador a simplicidade e a formosura das checas, elegantes, bem constituídas, bem proporcionadas e muito bem dotadas.
SENTIR o feitiço de processos construtivos tão antigos, tão ricos e tão variados. São mais de mil anos de arquitectura europeia, desde o séc. X - Castelo de Praga- ao final do século XX - Edifício Dançante , de Frank Guehry-. constitui, um manjar para os sentidos.
SABOREAR uma das melhores cervejas do mundo e a brisa fresca do Moldava, numa esplanada instalada em pleno rio, mesmo ao lado da Ponte Carlos IV, obra de arte embelezada com trinta estátuas de grande significado, ou mesmo sentado no pedestal de uma estátua. Aqui, o custo da lata com 0,5 l. comprada no mini da esquina não chega a 1 €.