quinta-feira, 11 de março de 2010

LAGOS III - Zona Ribeirinha

S. GONÇALO DE LAGOS

INFANTE D. HENRIQUE

D. SEBASTIÃO (Escultor: Cutileiro)


EDIFÍCIO DOS PAÇOA DO CONCELHO




MERCADO


CALÇADA PORTUGUESA




MARINA DE LAGOS



domingo, 7 de março de 2010

LAGOS II - Zona Monumental


FORTE DA PONTA DA BANDEIRA (séc.XVII)


ENTRE MURALHAS



CASTELO DOS GOVERNADORES
Período árabe, conquistado por D. Sancho I em 1189
Séde dos Governadores do Algarve no séc. XIV

MERCADO DE ESCRAVOS
Um dos primeiros locais de venda de escravos no ano de 1444
IGREJA DE SANTA MARIA (séc. XV-XVI)
Reconstruida no séc. XIX
MUSEU
IGREJA DE SANTO ANTÓNIO (séc. XVII.XVIII)

segunda-feira, 1 de março de 2010

LAGOS I - A cidade do Infante D. Henrique

O Infante D. Henrique, responsável por importantes conhecimentos científicos e grande empreendedor, partiu da cidade de Lagos para a descoberta de novos mundos.
É assim que a cada passo nos confrontamos nas ruas da cidade com o nome de marinheiros.
Lagos, a cidade do Infante, é uma cidade de marinheiros.
Esperamos que as comemorações dos 550 anos da sua morte, que ocorre este ano, tenham uma dimensão Nacional , única forma de homenagear um Homem que, além de descobrir novos mundos, projectou Portugal e criou uma grande civilização onde todos nos reconhecemos.


CARAVELA BOA ESPERANÇA
MARINA DE LAGOS

sábado, 27 de fevereiro de 2010

JÚLIO CARDOSO - ACTOR/ENCENADOR - II

RECORDAR É VIVER

No dia 24 do corrente mês, na companhia do amigo de sempre Lamartine, partimos no intercidades, da Gare do Oriente, rumo à Invicta Cidade do Porto, em viagem «dedicada» a celebrar os 50 anos de carreira do amigo comum Júlio Cardoso.
Pena tivemos não poder ir na véspera para assistir à cerimónia que no dia 23 teve lugar no Governo Civil da cidade do Porto onde foi condecorado com a medalha de mérito distrital pelos 50 anos de carreira dedicados ao teatro, galardão entregue pela Ministra da Cultura.
Tínhamos a esperar-nos, na Estação de Campanha, o próprio Júlio Cardoso e outro amigo, de longa data, Jorge Pinho.
Foi um almoço de verdadeira confraternização, onde se reviveu uma adolescência rebelde.
Foram lembrados todos os ausentes que não puderam estar presentes e também alguns com paradeiro desconhecido.

O Júlio Cardoso entrou na minha vida, no fim da primeira metade do século passado.
Ainda trabalhava na Regisconta quando o ouvi declamar «À Espera de Godot», de pé num banco da Avenida dos Aliados, às tantas da madrugada.
Só muito mais tarde tomei consciência que a peça acabara de ser publicada, o autor, Samuel Beckett, pouco conhecido era ainda e Júlio Cardoso já a interpretava!
Sempre vi Júlio Cardoso a representar e a declamar com os olhos voltados para o alto, mas não o imaginava, na altura, uma futura referência do teatro.

Quando nos aproximamos da última metade das nossas vidas é natural que nos interroguemos se a longa caminhada serviu para alguma coisa.

Júlio Cardoso não precisa dar-se ao trabalho de encontrar a resposta. As inúmeras homenagens de
que tem sido alvo nos mais diversos palcos, respondem por ele.

Também o 32.º FITEI - Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, o distinguiu com o anúncio da criação do
Prémio Júlio Cardoso para Jovens Encenadores.

Na publicação abaixo, dedicada a Nelson Mandela, escrevi:

«.....o que distingue os grandes Homens do homem comum é que os grandes Homens dão a vida pelas causas que defendem».

«.....estes Homens não morrem».

Júlio Cardoso não tem a dimensão e a visibilidade de um Nelson Mandela, é certo, mas é também inegável que consagrou toda a sua vida ao teatro e perpetuou na arte o seu nome.

É assim com orgulho e emoção que afirmo o mesmo relativamente ao meu amigo de sempre Júlio Cardoso.


Um caso da vida real em: VENTOS DO NORDESTE

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NELSON MANDELA o rosto da liberdade

NELSON MANDELA e FREDERIK KLERK

em Davos (in Wikipédia)

Condenado a prisão perpétua foi-lhe oferecida a liberdade desde que renunciasse à luta contra o apartheid.
RECUSOU.

Uma filha minha ao ouvir, pela televisão, a recusa da liberdade que lhe era oferecida interrogou-me:


«Porque é que ele não aceita sair em liberdade?»


Respondi-lhe:


«Minha filha, o que distingue os grandes Homens do homem comum é que os grandes Homens dão a vida pelas causas que defendem».
E acrescentei:
«Quando fores crescida vais continuar a ouvir falar deste Homem, porque estes Homens não morrem».

Alguns anos decorridos Nelson Mandela era eleito Presidente da África do Sul e hoje torna a ser falado pelo 20º. Aniversário da sua libertação.

O que mais falta nos dias que vivemos são Homens livres, tolerantes, íntegros de carácter, que nos façam acreditar que há mais mundo para além das teorias sem qualquer sentido, das ideologias cadavéricas e da submissão às igrejas e às pátrias.

domingo, 3 de janeiro de 2010

JÚLIO CARDOSO - ACTOR/ENCENADOR - I

O HOMEM DO ANO 2010
Conheci o Júlio Cardoso (Júlinho) e com ele convivi ao longo de toda a década dos anos cinquenta do século passado. Nos anos sessenta vim para Lisboa, onde consegui o meu primeiro emprego e por cá fiquei até hoje. Nunca perdemos o contacto e, embora à distância, acompanhei sempre, com grande orgulho, uma carreira de um verdadeiro autodidacta, feita a pulso, que nunca soube ser passivo, que nunca se resignou e como poucos soube explorar os seus dons, soube fazer-se, soube ter um papel decisivo na sua formação. Sofreu na sua juventude. Desde a sua infância, acompanhou sempre o sofrimento de sua mãe com aquele amor humano de quem sofre com os que sofrem, a recordar Dostoiewsky: «O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo». Em termos profissionais ocorre-me um paradigma que caracteriza e define, quanto a mim, o verdadeiro artista: Há alguns anos aguardava, no Fórum Lisboa, juntamente com uma dezena de presenças, a chegada do artista, para assistir a um breve concerto. Qual não é o meu espanto quando, ao ver o “artista” assomar a uma das portas e ao deparar com o reduzido número de presenças, em lugar de se dirigir ao lugar destinado à sua actuação, colocou a guitarra ao ombro e saiu porta fora, sem qualquer explicação. Naquele mesmo espaço, com semelhante número de espectadores, tive o prazer de ouvir Carlos Mendes. Estou certo de que Júlio Cardoso, com um único espectador na sala não deixaria de lhe proporcionar o espectáculo. Júlio Cardoso ousou destacar-se da alma colectiva na procura do humano, lutou, sofreu e venceu. É, desde já, para mim e para todos os amigos que lhe conheço: O HOMEM DO ANO 2010.