quarta-feira, 22 de julho de 2009

LAGARES DO DOURO



Fraga Amarela


Lagares do Douro fica a légua e meia de Vilarinho e a menos de meia légua da estação de caminho de ferro de Freixo de Numão, no outro lado do Rio.

Situado na encosta de acentuado declive, voltado a sul, abrigado dos ventos norte, protegido ainda por um enorme penedo, conhecido pela “fraga amarela” , é um lugar aprazível, onde se respira paz e onde nos encontramos connosco.


É também um verdadeiro microclima com bonitos pomares, amendoeiras, oliveiras, etc.
O seu nome deve ter origem nos seus lagares de azeite, onde a azeitona era prensada e dava lugar a um dos melhores azeites do mundo, pelo elevado teor de gordura e baixissimo teor de acidez.
Também a vinha tem aqui lugar de excelência. Situado no coração do Douro Vinhateiro, o seu vinho do Porto é único no mundo.
Como é possível uma região tão nobre e tão rica albergar uma população tão pobre?!
É o mel negro e o mel dourado do NORDESTE TRANSMONTANO.


A caminho de Lagares do Douro

terça-feira, 21 de julho de 2009

VILARINHO DA CASTANHEIRA



Aqui nasci e cresci até entrar para a Escola Raul Dória, no Porto.
Nunca esqueci a geografia do lugar, dos caminhos e das terras;
Os amigos raramente encontrados e os perdidos no tempo, nunca reencontrados;
A crueldade presente em certos passatempos que não me atrevo a narrar;
A ternura de pequenos gestos de uma doçura que o tempo não consome.

O mel negro e o mel dourado do Nordeste ….


Acontece que não sou muito dado a certas tradições….
Por outro lado, as novas amizades, o cinema, o teatro e a animação da cidade - em contraponto com a “seca” que para mim constituía a vida na aldeia - galvanizaram as minhas energias e a aldeia ficou para traz.
Entretanto, a ligação à terra, a nostalgia da infância e do lugar, o registo dos momentos essenciais - fixados com o rigor da objectiva fotográfica - as memórias do passado, indispensáveis ao equilíbrio no presente e ao projecto do futuro, tiveram o seu eco no Primogénito da Família, como demonstram os diversos apontamentos, da sua responsabilidade, incluídos em VENTOSdoNORDESTE.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O MEL NEGRO DA TRADIÇÃO





A doce mensagem de paz e de harmonia que estes animais, em liberdade, nos transmitem é ensombrada pela visão da tourada.

Um cavaleiro, portador de ferros e esporas, espeta furiosamente os ferros no dorso do touro e as esporas nos flancos da montada que o carrega e o serve com nobreza, brilho e dedicação.
São valores que o agressor ignora, inebriado com o rasto de sangue que deixa nos animais e na arena.

Defendem ser tradição e defendem ainda amar os animais!!!
É o primado da barbárie.
Para quando o primado do humano?

NÃO HÁ MEL DOURADO QUE SEMPRE DURE

CAVALOS
EM
LIBERDADE
A nobreza, a beleza selvagem e sadia e a sua dedicação aos donos transformaram estes animais numa lenda.

É curioso lembrar um episódio do filme “KAGEMUSHA” (A sombra do Guerreiro) que significa “duplo”, o homem que substituiu o falecido “senhor da guerra” e a quem coube a missão de convencer amigos e inimigos de que o “senhor da guerra” continuava vivo. A assimilação pelo “duplo” do próprio “ senhor da guerra” é feita de tal maneira que a todos convence. Ilude a perspicácia do neto, do filho e dos generais do conselho de guerra. Só não consegue iludir o cavalo do “senhor da guerra”, “Nuvem Negra”, que não consentia ser montado por outrem, além do dono.
Ao monta-lo o animal não descansou enquanto não se desenvencilhou do intruso e atirou com ele ao chão.

Foi o bastante para todos clamarem tratar-se de um intruso sendo despedido de imediato.

Em CASOS DA VIDA REAL a "Carriça" confirma a veracidade da reacção do "Nuvem Negra"